Negros, brancos e pardos se unem no palco, entrelaçando suas crenças em uma expressão artística que oferece uma perspectiva única sobre a religiosidade, muitas vezes alvo de intolerância no Brasil. O espetáculo reconhece nosso passado, ancestralidade e promove o respeito aos povos de rua, à cultura de gueto e ao protesto contra a desigualdade. O culto à natureza e o candomblé são apresentados de forma autêntica, destacando o peculiar culto aos povos de rua nos terreiros de candomblé e umbanda no Nordeste. A união de atores e atrizes vivenciando o culto ancestral reforça as encruzilhadas dessa fé. Abordando intimidades, entrelaçando cânticos aos orixás e pontos de esquerda das mestras e pomba giras, "Aldeias" convida cada espectador a uma reflexão profunda e instiga a se "aldeiar". A construção dramatúrgica do espetáculo destaca a bicha preta de periferia, denuncia a cor negra como alvo social, protesta contra o feminicídio, aborda a vivência do menino gay branco em uma família cristã padrão, a resistência do menino trans contra a transfobia, a narrativa da garota black power assediada e reinventada, a negra retinta vítima de gordofobia, o artista nordestino, e a empoderamento da garota associada ao orixá Oyá. Uma visão singular do fazer artístico na cultura negra, corpos diversos, conteúdos variados, unindo-se, tocando e sendo tocados.

exto e Direção – Agrinez Melo

Elenco - Ester Soares, Gabi do Carmo, Jorge Féo, Jully, Lian Costa, Milton Raulino, Raphito, Rayssa Barros, Thallis Ítalo e Vânia Vitória.

Músicos – Beto Xambá e Thúlio Xambá

Figurinos - Agrinez Melo

Confecção de Figurinos - Ceça Fantasias 

Luz – André Cordeiro

Produção Executiva – Jorge Féo

Assessoria De Imprensa – 1000 Tons Comunicação

Realização – Doceagri  e Paó Produção & Comunicação